Introdução
Dia a dia cresce o número de aparelhos eletro-eletrônicos instalados na rede elétrica domiciliar. Já não há mais uma divisão nítida entre o que é de eletrônica e o que é de eletricidade doméstica. Conhecer o básico das instalações elétricas é dever de todos os estudantes de Ciências, eletro-eletrônicos e famosos domingueiros.
Nesse texto analisaremos uma instalação elétrica domiciliar típica (monofásica ou bifásica), através de alguns conceitos da Eletricidade. Esses serão o ponto de partida para que possamos entender o funcionamento de alguns dispositivos nela utilizados.
Dia a dia cresce o número de aparelhos eletro-eletrônicos instalados na rede elétrica domiciliar. Já não há mais uma divisão nítida entre o que é de eletrônica e o que é de eletricidade doméstica. Conhecer o básico das instalações elétricas é dever de todos os estudantes de Ciências, eletro-eletrônicos e famosos domingueiros.
Nesse texto analisaremos uma instalação elétrica domiciliar típica (monofásica ou bifásica), através de alguns conceitos da Eletricidade. Esses serão o ponto de partida para que possamos entender o funcionamento de alguns dispositivos nela utilizados.
3
fios ...
A energia elétrica que recebemos da empresa de ´eletricidade´, chega até nossa casa, via de regra, por meio de 3 fios. O porque do uso de três fios não é muito bem entendido por muitos instaladores. Eles, pela prática, simplesmente usam desses 3 fios para distribuírem as tensões típicas de 110 V (denominação usual, popular) e de 220 V entre os aparelhos domésticos comuns para que funcionem. De modo geral, as técnicas usadas nessas distribuições e instalações são simplesmente deploráveis.
A energia elétrica que recebemos da empresa de ´eletricidade´, chega até nossa casa, via de regra, por meio de 3 fios. O porque do uso de três fios não é muito bem entendido por muitos instaladores. Eles, pela prática, simplesmente usam desses 3 fios para distribuírem as tensões típicas de 110 V (denominação usual, popular) e de 220 V entre os aparelhos domésticos comuns para que funcionem. De modo geral, as técnicas usadas nessas distribuições e instalações são simplesmente deploráveis.
Assim,
nosso primeiro ponto importante, na análise de uma instalação elétrica
domiciliar típica, é saber de que modo a ´eletricidade´ vem por
estes três fios.
A
energia elétrica que recebemos em nossa casa, numa linguagem simples, é transportada
por ondulações da corrente elétrica que vai
e vem pelos condutores, impulsionada pelo que
denominamos de tensão elétrica.
Isso
quer dizer que a tensão varia continuamente, mudando de polaridade
120 vezes por segundo, de modo que, 60 vezes, a cada segundo, ela empurra
a corrente num sentido e 60 vezes, no mesmo segundo, ela puxa a
corrente no sentido oposto, alternadamente. Daí a denominação corrente
alternada.
Representando
isso por um gráfico, teremos semiciclos positivos quando a corrente é empurrada
e semiciclos negativos quando a corrente é puxada; algo como se ilustra a
seguir.
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Para
que uma corrente elétrica possa circular por um aparelho que seja ligado
a esses condutores de energia, ela precisa de um percurso completo
(circuito fechado), ou seja, de ida e volta, o que significa que um só
fio não pode alimentar nenhum aparelho.
Temos
de usar dois fios, entre os quais a tensão elétrica ou diferença de
potencial muda alternadamente de polaridade.
Um
desses fios, por motivo de segurança, a própria Companhia Elétrica
coloca em contato mais íntimo possível com o solo (chão, terra). Dos
dois fios da rede elétrica, aquele que não apresenta nenhuma diferença
de potencial com o solo (porque está intimamente ligado com ele) é
denominado subjetivamente de retorno,
neutro ou terra.
O outro, para diferenciação, é denominado de fase
ou vivo.
Para
um aparelho elétrico esses nomes são supérfluos, uma vez que os
dois fios trabalham exatamente do mesmo modo, alternadamente.
Para
o instalador e para os moradores da residência ‘que fio está
ligando aonde’, é importante por motivos de segurança e não por
motivos de funcionamento do aparelho. Isso fica patente quando ligamos um
liquidificador na tomada ¾ de
qualquer lado que se espete o plugue, ele funcionará!
Como
aqueles que manuseiam os aparelhos estão permanentemente em contato com a
terra (assim como um dos fios da rede), é prudente que as partes
metálicas do aparelho que possam ser tocadas, sejam aquelas ligadas ao
fio neutro ou terra. Desse modo, como não há diferença de
potencial, não haverá riscos de choques elétricos (passagem de
corrente elétrica pelo corpo e suas conseqüências) .
Erros
comuns ...
Um erro comum dos instaladores residenciais, por falta de sólidos conceitos, deriva desses nomes diferenciadores.
Um erro comum dos instaladores residenciais, por falta de sólidos conceitos, deriva desses nomes diferenciadores.
Quando
se trata do fio vivo ou fio fase, eles lhe conferem certas
importâncias elétricas (em relação ao circuito todo), que
simplesmente não existem!
Atribuem
o conceito de pressão ou de tensão elétrica apenas para o fio
fase e um papel secundário de retorno para o fio terra.
Para
eles é o fio fase que provoca a corrente. A falha está no conceito de
tensão elétrica ou d.d.p. ¾ conceito
aplicado a pelo menos dois
condutores elétricos (rigorosamente, entre dois pontos distintos de um
campo elétrico, em superfícies não eqüipotenciais). Não existe um
condutor com tensão elétrica ¾
pode existir um
par de condutores (dos quais um deles pode ser o
fio terra) entre os quais estabelece-se uma tensão elétrica ou
diferença de potencial. Um fio de alto
potencial elétrico é comumente citado como ‘um
fio de alta tensão’
¾ é
um erro!
Outro
erro comum
dos instaladores é imaginar que, pelo fato da Companhia Elétrica aterrar
um dos fios, a terra seja efetivamente utilizada como um dos fios de
transporte de energia elétrica. Se isso fosse verdade, não seriam
necessários 3 fios entrando em nossas residências; bastariam 2, o
terceiro seria ligado a uma longa haste cobreada enfiada no chão.
Nomenclaturas
...
Na figura, a seguir, mostramos um circuito elétrico simples e a nomenclatura associada.
Na figura, a seguir, mostramos um circuito elétrico simples e a nomenclatura associada.
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Dos
três fios que chegam até nossa casa, trazendo energia elétrica da
empresa geradora e distribuidora, um deles é ligado em terra (na
saída do gerador, no transformador da rua e em centenas de outros pontos
ao longo de seu percurso). Os outros dois são isolados da terra. São os
denominados fios vivos.
Entre
qualquer fio vivo e o fio terra há uma diferença de potencial (110V -
nominal, popular). Entre os dois fios vivos também há uma diferença de potencial
(220V - nominal); o dobro daquela que se estabelece entre um fio vivo e o
fio terra. A fase da tensão alternada entre um fio vivo e o terra é
oposta à fase que existe entre o outro fio vivo e o terra.
A
figura a seguir ilustra as tensões elétricas e as correspondentes fases
entre eles.
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A
melhor ilustração possível, a nível de demonstração, para a
rede elétrica domiciliar é feita com um transformador abaixador de
tensão com center-tap (CT - terminal central) no secundário de
baixa tensão.
Ligamos
o primário do transformador na rede elétrica (110 ou 220V, conforme
a rede). Nos três fios do secundário (num transformador para 6V +
6V, por exemplo) temos a exata imagem de nossa rede domiciliar.
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Os
três fios que chegam a nossas casas também vêm de um
transformador abaixador de tensão (instalado em algum poste perto de sua
casa!) ¾ são
os três fios do secundário desse transformador ... com center-tap.
Usando
nosso "transformadorzinho didático", basta ligar o fio
central (center-tap) num condutor aterrado (um cano metálico
enfiado na terra úmida).
Os
fios laterais do secundário desse transformador passam a
denominar-se fios vivos ou fios fases e o fio central
será o fio neutro ou fio terra.
No
exemplo desse transformador teremos:
6VAC
entre qualquer fio vivo e o fio terra;
12VAC
entre os dois fios vivos.
Entre
os fios vivos há uma diferença de fase de 180 graus.
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Eis
um outro modelo didático.
A
menos do tipo e valores da d.d.p. desenvolvida, podemos fazer uma
analogia desse circuito domiciliar (ou do modelo do
transformadorzinho) com o circuito de duas pilhas associadas.
Confronte!
Nessa
figura, 1,5V , 3,0V e 1,5V são tensões elétricas (diferenças de
potenciais); +1,5V , 0V e -1,5V são potenciais elétricos em
relação à Terra.
Como
nos circuitos de pilhas não há aterramento (ainda que muitos deles
usem dos chassis dos aparelhos como sendo um dos condutores), não
comparece aqui os termos vivos e terra. Por motivos da história
da eletrônica, um dos condutores pode ser denominado de +B
e o outro de chassis, massa ou terra.
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Curtos
e fusíveis ...
Evidentemente, antes do primeiro acesso que temos a esses fios condutores de energia elétrica, a empresa coloca um medidor de energia elétrica ou de consumo de energia. O "relógio da luz", como é popularmente conhecido, mede os quilowatts-horas consumidos que correspondem à quantidade de energia fornecida. Em média (presumo), as Companhias Distribuidoras de Energia Elétrica (CPFL etc.) cobram R$ 0,15 para cada quilowatt-hora consumido. Apreciaria receber dos amigos os valores cobrados por quilowatt-hora em suas regiões (leobarretos@uol.com.br).
Evidentemente, antes do primeiro acesso que temos a esses fios condutores de energia elétrica, a empresa coloca um medidor de energia elétrica ou de consumo de energia. O "relógio da luz", como é popularmente conhecido, mede os quilowatts-horas consumidos que correspondem à quantidade de energia fornecida. Em média (presumo), as Companhias Distribuidoras de Energia Elétrica (CPFL etc.) cobram R$ 0,15 para cada quilowatt-hora consumido. Apreciaria receber dos amigos os valores cobrados por quilowatt-hora em suas regiões (leobarretos@uol.com.br).
Em
outra oportunidade abordaremos como calcular esses consumos domiciliares.
O
medidor só funciona quando a corrente circula, ou seja, quando algum
aparelho é ligado e exige ,com isso, a circulação de uma corrente que
lhe forneça energia.
Observe
que, se houver alguma deficiência na instalação de energia que provoque
um "escape" de corrente, por exemplo, um fio desencapado
encostado num ferro da estrutura da casa, conforme exemplo da figura a
seguir, a corrente circulante acionará o medidor que registrará um
consumo indevido.
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De
uma maneira mais simples, podemos dizer que se trata de um
"vazamento" de energia pelo qual o usuário paga sem saber, pois
toda a corrente que passa pelo "relógio" é registrada,
determinando o consumo de energia. Isso é algo análogo ao uso de uma
mangueira d'água para regar uma planta (e não para lavar a calçada,
como estupidamente se faz), mas que apresenta algum furo em sua extensão.
O "relógio da água" marcará o consumo total: água que vaza
pelo furo + água para a planta.
Após
o relógio, encontramos um conjunto de dispositivos de proteção que
podem ser fusíveis comuns ou disjuntores.
Os
fusíveis comuns são ligas metálicas que "queimam" (fundem-se)
quando a corrente ultrapassa um valor considerado perigoso para a
instalação.
A
intensidade máxima da corrente que pode passar por um fio é determinada
basicamente pelo material de que ele é feito e por sua espessura.
Nas
ligações com fios de cobre com determinada espessura, se a corrente
ultrapassar um certo valor, a quantidade de calor produzida pode ser
exagerada, a ponto de afetar a integridade da capa plástica do fio.
Se
essa capa derreter, com a perda do isolamento, o perigo se torna maior,
pois pode ocorrer um curto-circuito. Assim, a função do
fusível é queimar, interrompendo assim a circulação da
corrente, caso sua intensidade se tome perigosa a ponto de colocar em
risco a integridade da instalação. Se o fusível não queimar, por
ocasião de um surto extra de corrente, a instalação e todos os
aparelhos (em funcionamento) ligados a ela serão percorridos por esse
surto de corrente ... alguns poderão "pifar"!
Nota:
"curto-circuito" não é um circuito "curto"; não é
um trajeto físico de pequena extensão ... é
um percurso de menor resistência elétrica para a corrente.
Disjuntores
Os disjuntores têm a mesma finalidade que os fusíveis comuns, se bem que funcionem de modo um pouco diferente. Os disjuntores têm a aparência mostrada a seguir.
Os disjuntores têm a mesma finalidade que os fusíveis comuns, se bem que funcionem de modo um pouco diferente. Os disjuntores têm a aparência mostrada a seguir.
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Consistem,
basicamente, numa chave que desliga automaticamente quando a intensidade
da corrente alcança o valor para o qual é projetado. Vale a pena
desmontar um deles para uma análise criteriosa de seu funcionamento.
A
vantagem do disjuntor em relação ao fusível é que o disjuntor
simplesmente "desarma", interrompendo a corrente quando ela se
torna perigosa, enquanto que o de fio fusível queima. Uma vez que a causa
do excesso de corrente tenha sido eliminada, o fusível precisa ser
trocado por outro novo, enquanto o disjuntor é simplesmente rearmado.
Fusíveis
em d.c.
Nos circuitos DC, alimentados por pilhas ou baterias os fusíveis também têm sua atuação como protetores. Nos automóveis, por exemplo, há um bom conjunto de fusíveis protegendo as mais variadas partes. Os rádios e toca-fitas também devem ser protegidos mediante fusíveis. Em muitos desses rádios, o circuito interno não tem qualquer contato com a carcaça do aparelho, por isso, além dos fios que vão aos alto-falantes, aparecem em destaque os fios de alimentação: vermelho (+) e preto (-). O vermelho deve ser ligado ao positivo da bateria (regra geral para os veículos modernos) e o preto ao chassis do veículo.
Nos circuitos DC, alimentados por pilhas ou baterias os fusíveis também têm sua atuação como protetores. Nos automóveis, por exemplo, há um bom conjunto de fusíveis protegendo as mais variadas partes. Os rádios e toca-fitas também devem ser protegidos mediante fusíveis. Em muitos desses rádios, o circuito interno não tem qualquer contato com a carcaça do aparelho, por isso, além dos fios que vão aos alto-falantes, aparecem em destaque os fios de alimentação: vermelho (+) e preto (-). O vermelho deve ser ligado ao positivo da bateria (regra geral para os veículos modernos) e o preto ao chassis do veículo.
E
o fusível onde deve ser posto?
No
fio vermelho?
No fio preto?
Faça
essa pergunta a 100 instaladores de rádio e equipamentos de som em
carros. A maioria dirá: ¾ É
no fio vermelho, no positivo, no que vai para a bateria.
Sem
dúvida, certos instaladores de rádios e aparelhos de som em automóveis,
insistem na instalação dos fusíveis no fio positivo (fio
vermelho que vai para o pólo positivo da bateria).
Eles
alegam que a alta corrente extra entra por ali e queima o
fusível antes de entrar no rádio!
Realmente,
isso é uma falha grave no conceito. A corrente que passa pelo
fusível também passa pelo rádio ... sempre! A corrente que passa
pelo fio positivo também passa, ao mesmo tempo e com a mesma
intensidade pelo fio negativo ... sempre! É indiferente
colocar o fusível no fio preto ou no vermelho.
A
principal causa da queima de fusíveis ou desarme de disjuntores numa
instalação elétrica é o curto-circuito.
Curto
circuito = caminho de menor resistência elétrica
Ocorre
curto-circuito quando a energia elétrica encontra um caminho de retorno
com menor resistência que aquele que encontraria passando
normalmente por um aparelho. Esse novo caminho, não
necessariamente é o mais curto, em termos de distância. Ele o mais
curto, em termos de menor resistência.
Se
um fio encostar em outro (fase e neutro, por exemplo) não havendo um
aparelho para entregar a energia, mas sim um percurso de muito baixa
resistência, a corrente se torna intensa a ponto de colocar em perigo a
instalação. Ocorreu o que denominamos de curto-circuito, ou seja, o
"circuito" (percurso) não passa pelo aparelho alimentado
(grande resistência), mas vai diretamente ao retorno (quase nenhuma
resistência).
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Nas
instalações que utilizam fusíveis existem também chaves que permitem
desligar os diversos setores da instalação, para o caso de necessidade
de manutenção, reparos ou alterações. Observe que é desse local que a
distribuição de energia pela residência é feita.
Distribuição
da energia
O normal numa residência é termos três circuitos de distribuição.
O normal numa residência é termos três circuitos de distribuição.
Estes
circuitos podem fornecer tensões de 110 V e 220 V ou somente uma delas,
conforme a instalação.
Partindo
da chave principal (*) onde chegam os três fios, observamos que a
partir deles podemos obter duas tensões.
Cada
fio vivo extremo está ao potencial elétrico de 110 V e têm como terra
comum o fio do meio, ou seja, ele é o neutro para os dois fios vivos
extremos.
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Um osciloscópio de traço duplo devidamente instalado para colher informações de tensões entre esses fios denunciará que há uma defasagem de 180 graus entre os dois pares vivo-terra.
A
distribuição de energia elétrica pela residência deve ser feita
de modo a equilibrar as correntes que passam pelos dois fusíveis.
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(*)
NOTA: Em instalações já um tanto antigas, é comum encontrarmos uma
chave geral, de faca, com 3 facas. Elas têm incorporados os suportes
(soquetes) para 3 fusíveis. Cada fusível da lateral protege um fio vivo.
O fusível central não protege nada, ele não está ligado em nada. O
suporte central é apenas "um armário" para um fusível de
reserva. Se durante a noite um dos fusíveis laterais queima, com uma
lanterna o localizamos e o substituímos pelo fusível do meio ¾
o reserva.
Se
você retirar esse fusível central verá que há uma arruela de latão (e
um parafuso central) curto-circuitando essa entrada de terra. Essa
arruela, com as habituais trepidações do prédio, pode desfazer a
ligação do terra ... e algum aparelho vai queimar lá dentro da casa!
Vale a pena, periodicamente, desligar a chave geral, retirar esse parafuso
central do suporte do meio da chave, retirar a arruela e lixá-la bem.
Recoloque-a no lugar e aperte bem esse parafuso central. Enrosque, nesse
suporte-"armário" o fusível de reserva.
As
duas fases ou fios vivos irão para os dispositivos que requeiram 220V
(chuveiro, torneira elétrica, etc.). Deve haver um par de disjuntores ou
uma chave especial com fusíveis para esse circuito.
Uma
das fases e o neutro são usados para alimentar as tomadas de energia
distribuídas pela casa. Neste circuito, pode-se fazer uma segunda
separação ¾ nas
casas tipo sobrado, por exemplo, para as tomadas do andar de cima e para
as tomadas do térreo.
A
outra fase e o neutro servem para alimentar as lâmpadas. Aqui também
podemos fazer a separação entre o circuito do andar de cima e o térreo,
no caso de um sobrado.
Veja
que essas separações são interessantes não só em termos de
distribuição das correntes como também para a manutenção. Podemos
desligar a chave que alimenta as tomadas para trabalhar numa delas, sem
precisar desligar a luz, que vai iluminar o local que esta sendo
trabalhado.
Os
circuitos individuais dos dispositivos alimentados vêm a seguir.
Interruptores
Os interruptores são ligados em série com as lâmpadas ou seja, a corrente que passa pelo interruptor é a mesma que passa pela lâmpada.
Os interruptores são ligados em série com as lâmpadas ou seja, a corrente que passa pelo interruptor é a mesma que passa pela lâmpada.
Circuito série do interruptor e
lâmpada
|
Observe
que basta interromper a corrente em apenas um fio, pois isso interrompe
seu percurso, impedindo sua circulação: a lâmpada não acende. Em
princípio, podemos interromper a corrente no fio vivo ou no fio neutro,
mas é uma boa prática do instalador identificar o pólo vivo (fase) e
nele colocar o interruptor (geralmente no ponto médio da chave de tecla).
Esse
procedimento é interessante porque, se tentarmos trocar uma lâmpada
tendo apenas o interruptor desligado e esse se achar no neutro (todo o
restante do circuito ligado na fase), um toque em qualquer parte
metálica do soquete ou do circuito não impede que levemos um choque,
pois passamos a formar o circuito de terra para a corrente.
Ligação inadequada do
interruptor
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Ligação recomendada para o
interruptor
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Se
o fio interrompido for o vivo (fase), nas partes metálicas do soquete da
lâmpada teremos apenas neutro, ou seja, elementos com o mesmo potencial
de nosso corpo e que portanto, não podem dar choque mesmo que toquemos
neles.
Evidentemente,
isso não se aplica a uma lâmpada alimentada por 220 V, onde temos os
dois fios vivos (tanto o interruptor como a lâmpada ficam ligados em fios
fases).
Outros
dispositivos são as tomadas de energia que alimentam diversos
tipos de dispositivos.
Essas
são conectadas nos diversos pontos da instalação, conforme as
necessidades. Podemos ter numa instalação tomadas especiais de 220 V
conectadas aos pontos em que existe essa tensão.
Termos
usados
TERRA, NEUTRO, MASSA E FASE
TERRA, NEUTRO, MASSA E FASE
Em
diversos pontos deste artigo, onde analisamos a estrutura básica de uma
instalação elétrica domiciliar, falamos nos quatro termos acima,
mostrando aos leitores que existem "estados" ou níveis de
potenciais elétricos que caracterizam de forma bem distinta os fios ou os
pontos de uma instalação em que os dispositivos externos são ligados.
As
definições com as explicações mais detalhadas dos termos usados são
dadas a seguir:
TERRA
- O solo terrestre é um semicondutor de eletricidade. Em certas
situações, qualquer corpo que esteja em conexão com a terra terá o
potencial desta, ou seja, não haverá diferença de potencial entre eles
(corpo e terra), de modo que, não haverá circulação de corrente de um
para o outro.
Se
um corpo estiver carregado ou sob um potencial diferente da terra, ao ser
colocado em contato com ela, ele se descarrega. Em outras palavras,
adquire o mesmo potencial elétrico que a Terra que, por convenção é de
0 volts. Isso esclarece porque o usuário da rede elétrica, ao tocar
pontos da rede que estão interligados com a terra, não toma choque.
Isso
significa que a ligação de um objeto à terra é a garantia de que ele
não vai causar choque se for tocado. A barra de terra de uma instalação
elétrica é para garantir que, em caso de interrupção dos fios ou
problemas na instalação teremos um dos condutores ligado à terra.
NEUTRO
- Um dos condutores de energia da empresa distribuidora que é ligado à
terra.
No
local onde a energia elétrica é gerada, ao longo das torres de
distribuição, nas subestações e nos transformadores de rua há uma
ligação desse condutor até o solo. Esse condutor é denominado de neutro.
Na
maioria das instalações ele está no mesmo potencial da terra (caso em
que ambos podem ser confundidos), mas existem casos em que um defeito na
instalação, como por exemplo, uma interrupção de um fio, torna o
potencial do neutro diferente do potencial do terra, caso em que choques
podem ocorrer. Quando o neutro e o terra apresentam potenciais elétricos
diferentes dissemos que houve um "mau aterramento".
MASSA
- Se o neutro ou o terra for ligado a um chassi de um aparelho de modo que
esse chassi de metal sirva como um condutor de corrente, esse chassi será
chamado de massa. Na maioria dos casos, a MASSA de um aparelho
coincide com o terra e o neutro, o que significa que se for tocada nada
acontece em termos de choque. No entanto, existem aparelhos em que a MASSA
não é obrigatoriamente terra ou neutro. Existem televisores, por
exemplo, em que um dos fios da rede de energia é ligado ao chassi e ele
não é necessariamente o neutro. Desta forma, a MASSA desses televisores
pode estar com um potencial de 110 V ou 220 V em relação à Terra,
podendo assim causar choques em quem nele tocar.
FASE
- O condutor isolado da Terra e que apresenta potencial elétrico em
relação a ela é denominado de fio fase. Evidentemente, se com os
pés no chão, tocarmos nesse condutor, tomaremos choque.
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